domingo, 2 de dezembro de 2007

A Escola Que Temos

De seguida transcrevo texto que me foi enviado por uma colega acerca do estado a que chegou o nosso ensino e que eu subscrevo inteiramente. Aliás já à alguns dias tenho andado para publicar alguma coisa acerca deste assunto, mas não tenho a capacidade de passar para o papel todos os sentimentos, assim e penso que ela não vai levar a mal, publico esse mesmo texto!
"Aproveitando o facto de se estar a chegar ao fim do 1º período do ano lectivo, constato que se mantém, quando não se agravaram, os factores de constrangimento. Aliás, como este ano voltei a ter a responsabilidade de uma direcção de turma, verifiquei com mais clareza e urgência a permanência desses factores. Assim:Uma boa parte do esforço dos professores dispersa-se em actividades kafkianas, como controlo das faltas, relatórios de relatórios, cartas e telefonemas para encarregados de educação, inúmeras e infindáveis actas etc…, ou seja a paranóia do papel, em vez de ser canalizado para aquilo que se espera do professor - preparação dos seus alunos. Os alunos, por sua vez, em vez de se prepararem com um estudo aturado e sistemático para uma assimilação correcta e inteligente do saber e adquirirem as competências necessárias à sua progressão, sentem-se escudados por uma panóplia de protecções e artifícios destinados a mascararem a falta de competências e para única satisfação das estatísticas, sobretudo no ensino obrigatório. Os encarregados de educação não podem continuar a demitirem-se das suas responsabilidades de acompanhamento e fiscalização dos seus educandos, bem como a transmissão dos valores mínimos e das noções de respeito para consigo próprios e para com os outros, cuja ausência é uma das principais causas da inexistência de um saudável e profícuo ambiente escolar. Penso que já lá vão demasiados anos de um serpentear de reformas, muitas vezes antagónicas, de que os resultados estão há vista, e são mais que medíocres e que, chegou altura de deixarmos de inovar e, com humildade seleccionarmos as reformas aplicadas e com provas dadas noutros países, com respeito pela nossa matriz de desenvolvimento."
Além de tudo o que aqui está dito é também de reflectir sobre o novo estatuto do aluno aprovado recentemente pelo nosso governo. Infelizmente sinto cada vez mais que estamos a cair no facilitismo para podermos melhorar as nossas estatísticas ao nível europeu, mas será que vale a pena termos diplomados que no fim não sabem rigorosamente nada?
Esta é uma boa questão pois aquilo que noto é que cada vez mais os alunos chegam mais mal preparados e sobretudo com uma grande falta de regras do saber ser e saber estar, que a meu ver são fundamentais para podermos conviver em sociedade

Sem comentários: